sexta-feira, 1 de maio de 2009

Morador de rua ou rejeito humano?


O sudoeste do estado do Pará vem sendo ocupado por gente das mais diferentes regiões de todo o território nacional, desde a abertura da BR 163 (Cuiabá Santarém) no início da década de 1970, com sua grande riqueza em recursos naturais, com solo e clima favoráveis para a criação de gado, já viveu sua fase auge de crescimento econômico e demográfico motivada pelo ciclo do ouro, da madeira e pela ocupação de terras para formação de fazendas, que resultou na criação do município de Novo Progresso em 1993.


Aqui muitas pessoas enriqueceram, outras estão em condição financeira confortável ou privilegiada. Entre 2000 e 2005 este município teve a sua população inchada estimada em mais de 40.000 mil habitantes, atraídos pela facilidade que existia de trabalhar e de obter bons rendimentos financeiros capitalização, combinou também com a explorarão imobiliária e a criação de bairros mal planejados, sem infra-estrutura, sem centros de laser ou de praticas de atividades esportivas e culturais, sem fornecimentos de água e energia elétrica de maneira satisfatória, até mesmo sem a criação de praças públicas.


A falta de planejamento para o desenvolvimento socioeconômico e cultural deste município que ocorreu no passado tem seus reflexos nos dias de hoje, faltam opções de trabalho e renda para a população progressense, não temos produção agrícola nem indústrias para o processamento, transformação e agregação de valor às matérias primas. Com a retração na indústria madeireira e no desmatamento que gerou desemprego, muitas pessoas retornaram para seus locais de origem outras rumaram para outras cidades reduzindo a população para apenas cerca de 21.000 habitantes atualmente.


Porém algumas pessoas desprovidas de determinação ou desprivilegiadas de seus próprios governos pessoais não tiveram a mesma sorte, como saldo negativo, resultado imprevisto ou como alguém desprestigiado, sem esperanças, sem rumo, sem perspectivas de dias melhores e entregue ao descaso das autoridades competentes, gente como o Zezinho, a Sônia, o Azulão, a Regina (da foto) e outras figuras folclóricas mendigam, vegetam perambulando entre os cães vadios pelas ruas da cidade como verdadeiro lixo humano.


Em entrevista, a secretária municipal de trabalho e promoção social, Rosiane de Sousa Leite nos disse que herdou recebeu a secretaria sem planejamentos e sem projetos que contemplem essas pessoas com abrigo, alimentação, encaminhamento para os benefícios previdenciários ou qualquer serviço recuperação de assistência social, e, que até o momento não tem previsão alguma de destinar benefícios a essas pessoas.


Infelizmente percebe-se que as pessoas que acabam tendo que convivem diuturnamente com os mendigos parece estarem acostumadas ou conformadas com essa realidade, à impressão que se tem é de que isso seja uma coisa normal, que faz parte do dia-dia de qualquer cidade e que essa é a única e melhor maneira de tratar seres humanos.


Mas, fica uma pergunta. Quando que as autoridades competentes vão tomar providencias pelo bem estar social comum da população progressense como um todo?


por ; Manolo Garcia

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