Prefeitura do município havia feito o pedido na última semana.
Comissão da Verdade pediu a exumação do corpo do ex-presidente.
O prefeito Farelo Almeida assinou decreto instituindo uma comissão municipal para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade, que apura possíveis excessos durante a Ditadura Militar.
Comissão da Verdade quer força-tarefa de peritos no caso

O advogado da família e neto do ex-presidente João Goulart, Christopher Goulart, comemorou a decisão. Segundo ele, o procedimento pode significar a comprovação de uma “versão oficial mentirosa” e vai acabar com uma dúvida histórica levantada sobre a morte de Jango, além de abrir caminho para elucidar outras suspeitas sobre o período da ditatura militar no Brasil.
Entenda o caso
Detalhe da lápide do túmulo de João Goulart(Foto: Prefeitura de São Borja/Divulgação)
A exumação deve apurar a suspeita de que Jango tenha sido assassinado por envenenamento, em dezembro 1976 durante exílio na Argentina, o que contraria a versão oficial de que ele foi vítima de um ataque cardíaco. Uma cápsula teria sido colocada no frasco de medicamentos que Jango tomava regularmente para combater problemas no coração.
O plano para a morte do ex-presidente teria sido executado por agentes da ditadura uruguaia durante a Operação Condor (uma aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970 para perseguir opositores dos regimes), à pedido do governo militar brasileiro. Os militares suspeitavam que João Goulart estivesse planejando sua volta ao Brasil por ter recuperado seus direitos políticos.
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