sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Caça-níqueis portáteis preocupam autoridades no BRASIL


Um equipamento novo usado por quem explora o jogo ilegal preocupa as autoridades do Rio Grande do Sul. As máquinas caça-níqueis agora podem ser dobradas quando a polícia chega.


Em um posto de gasolina às margens da BR-101, os caça-níqueis ficam em uma sala, ao lado da lanchonete. No entanto, não há o modelo tradicional, apenas equipamentos bem menores. A mulher que explora o jogo fornece o telefone do rapaz que vende as máquinas. Ela diz que este tipo é procurado, principalmente, por quem já teve caça-níqueis apreendidos pela polícia.


“Quando a polícia vem, essa aí é fácil de carregar. Essa aí só fechar e a gente carrega”, explica. A mulher conta também que, em uma única encomenda, o dono de um cassino ilegal, no litoral gaúcho, pediu dez equipamentos idênticos a esses. “Esse senhor tem mais de mil máquinas. Só que andaram pegando ele. Então, agora ele está modificando, pegando só assim”, diz.


Só nos últimos cinco anos, quase 17 mil caça-níqueis foram apreendidos na Região Metropolitana de Porto Alegre.


O maior número de apreensões ainda é de máquinas grandes, que pesam mais de cem quilos. No último ano, começaram a aparecer modelos portáteis que tem uma alça. A nova estratégia dos contraventores, com máquinas ainda menores, preocupa a polícia.


Os modelos compactos são oferecidos até pela internet. Um vendedor de São Paulo promete entregar as máquinas em qualquer lugar do Brasil.


O dono de uma casa de jogos, que não quer ser identificado, conta que montar o equipamento portátil não é difícil. “Qualquer fundo de quintal que trabalhe com eletrônica está fazendo” afirma. As máquinas podem ser menores. Porém, em um detalhe elas continuam exatamente iguais às antigas: o apostador dificilmente sai ganhando. “Ela é programada, daí tu programa o bônus que tu quer pagar”, diz.