A Polícia Civil abriu inquérito para apurar uma denúncia de abuso sexual cometido por um pastor contra três crianças, no bairro do Curuçambá, em Ananindeua. Duas delas, uma de 8 outra de 10 anos, são enteadas do acusado.
De acordo com a conselheira tutelar Aurênia Rodrigues, de Ananindeua, o conselho recebeu uma denúncia anônima e foi averiguar a situação. 'A pessoa que denunciou insistiu. Ela nos ligou três vezes, aí na quarta denúncia fomos até o local', disse. Ao chegaram na casa das vítimas, as crianças relataram que desde o ano passado sofriam abuso sexual. 'Elas disseram que o abuso acontecia desde o ano passado, geralmente de tarde, quando a mãe delas saía para trabalhar', contou Aurênia.
A mãe das crianças, que não quis revelar o nome, se mostrou indignada com o fato. 'Ela não sabia de nada. Soube ontem, quando fomos até a casa dela. Ela ficou arrasada. É muito difícil uma situação dessas para uma mãe', relatou Aurênia. O pastor era casado há cinco anos com a mãe das crianças.
A outra menina, de 12 anos, é vizinha do acusado, e era abusada sexualmente quando ia brincar na casa do pastor. 'Ele estava sendo ameaçada por ele. O pastor fazia um trabalho psicológico em todas elas, ameaçando e pressionando', afirmou a conselheira.
O pastor Valdecir S. de O., de 46 anos, fugiu quando as conselheiras chegaram à casa dele. 'Como ele não podia ser preso porque não foi flagrante, ele aproveitou e fugiu', lamentou Aurênia. Valdecir é pastor no bairro do Benguí.
O caso foi registrado ontem (6) no Conselho Tutelar e as crianças foram encaminhadas à delegacia do Pró-Paz, onde foi registrada a ocorrência. Em seguida, as meninas, acompanhadas pela mãe, realizaram exames periciais para que sejam comprovadas ou não as denúncias.
A delegada Simone Machado, responsável pelo caso, aguarda os laudos para dar prosseguimento às investigações. Só depois do resultado, que deve sair em 15 dias, o acusado poderá ser indiciado.
Redação Portal ORM
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