sábado, 7 de março de 2009

IR: antecipação da restituição é opção de crédito

Para quem precisa de um dinheiro urgente, sem empréstimos com juros altos e com retorno garantido, uma das opções é utilizar a antecipação da restituição do Imposto de Renda (IR), que é oferecida pela maioria das instituições bancárias, desde o início do mês.

Mas é preciso tomar cuidados na escolha do banco e na destinação do dinheiro, para evitar dores de cabeça.
>> Condições de antecipação do Imposto de RendaA antecipação é um empréstimo oferecido pelos bancos às pessoas físicas que têm direito a restituição do IR, que oferece o dinheiro da restituição mesmo antes da liberação dos lotes. Geralmente, os maiores bancos oferecem os empréstimos, no valor que varia de 70% a 100% da restituição.

O valor mínimo para cada liberação também depende da instituição bancária. Geralmente os bancos cobram juros pré-fixados, IOF e Taxa de Abertura de Crédito.Para o gerente de mercado do Banco do Brasil, Jorge Almeida, esse é um meio bom de crédito, porque é feito com garantia. “Além da garantia do dinheiro que o contribuinte vai receber, tem a questão do juro ser menor do que para empréstimos normais”.

OPERAÇÕES - Segundo Jorge, os juros para a antecipação do IR estão de 2,25% a 2,65%, as mesmas taxas do ano passado.Em2008, 234 mil operações, no valor de R$353 milhões foram contratadas.

Este ano, a expectativa do Banco do Brasil é superar o volume do ano anterior. Ele afirma que ,nos primeiros dias de março, o volume de contratações já é bem maior, quando comparado com o mesmo período de 2008. Mas, com tanta facilidade, o economista Sérgio Bacuri alerta que o adiantamento do imposto pode oferecer um grande risco. “A pessoa pode perder o rendimento por causa disso”. Ele afirma que o contribuinte só deverá fazer a antecipação se estiver com dívidas que apresentem taxas de juros maiores que a do crédito.

“Se a pessoa estiver com dívida de cheque especial, cartão de crédito ou um empréstimo com taxas de juros muito altas, aí sim, é conveniente fazer o empréstimo, porque apresenta uma taxa de juros mais baixa”. Bacuri explica que, se a pessoa tiver previsibilidade de que será restituído dentro de três meses, o adiantamento pode até compensar, mas é preciso tomar cuidado.

“O contribuinte pode cair na malha fina ou então passar mais de oito meses à espera do dinheiro e vai acabar pagando muito mais, pois não terá como bancar o valor no ato da restituição. Se o imposto restituído for menor que o esperado, o contribuinte terá que repor o restante do empréstimo de qualquer forma. Já a Caixa Econômica Federal liberou, em 2008, 31 mil empréstimos de antecipação.

Os juros cobrados variam a partir de 2,19% ao mês e o financiamento pode ser feito com até 75% da restituição, limitado a um mínimo de R$ 300,00 e máximo de R$ 10.000,00. O pagamento do empréstimo é debitado na conta-corrente do cliente no momento em que for creditada a restituição ou no dia 30 de dezembro de 2009. (Diário do Pará)

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