sexta-feira, 26 de junho de 2009

Índios deixam sede da Funasa no AM

Índios de pelo menos 11 etnias desocuparam o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Manaus (AM) nesta sexta-feira depois que, além da Justiça Federal ter determinado a desocupação, a direção nacional do órgão atendeu às reinvindicações de exonerar o coordenador regional da instituição, Pedro Paulo de Siqueira Coutinho, o chefe do Distrito de Saúde Indígena (Dsei) da capital, Radamésio Velasques de Abreu, e a coordenadora substituta Sílvia Evangelista Pimenta. Na inspeção feita logo após a desocupação, peritos da Polícia Federal detectaram a falta de vários equipamentos, além da destruição de medicamentos que estavam guardados dentro de geladeiras no depósito da instituição.

"Aqui na sala de videoconferência, nós tínhamos computadores novos e TVs grandes onde a gente faz contatos com o pessoal de Brasília. Nós estamos sem sala de videoconferência, porque os aparelhos foram roubados", denunciou o chefe de informática do Data/Sus no Amazonas, Silvano Fonseca.

Os índios estavam no prédio há 19 dias.De acordo com o diretor de Saúde Indígena da Funasa, Wanderley Guenka, medicamentos usados no combate à hepatite B na região do Vale do Javari (alto rio Solimões) foram retirados das geladeiras. No lugar dos remédios, foram encontradas latas de cerveja. Dezenas de ampolas, que custam em média R$ 1 mil, foram tiradas da refrigeração e podem ter estragado. Um levantamento é feito para avaliar os prejuízos.

No prédio desocupado, os peritos também encontrados bombas incendiárias caseiras (garrafas com gasolina e um estopim). "Na última invasão (2007), os prejuízos foram superiores a R$ 1,3 milhão. A deste ano, como foi maior, os prejuízos devem ser muito mais", diz Wanderley Guenka.As lideranças indígenas que mantinham contato com os jornalistas não foram encontradas nos telefones celulares para comentar as denúncias dos funcionários da Funasa.(Terra)

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