sábado, 27 de dezembro de 2008

Empresa Fantasma em Novo Progresso, faturou 15 milhões em menos de um ano.

Segundo o Ibama, são 1.520 fiscais em todo o país e apenas 107 no Pará. 'Imagino que pelo menos dez vezes isso seria um bom número para a gente se fazer presente no Pará', calcula o coordenador de fiscalização do Ibama estadual, Leandro Aranha. E os problemas não param por aí. 'Sabemos que existe um mercado ilegal de autorizações e de esquentamento de madeira na Região Amazônica', diz o diretor do Programa Amazônia da ONG Conservação Internacional, Adrian Antônio Garda. O sistema de comercialização e transporte de produtos florestais do governo do Pará pode ser acessado pelo computador e tem brechas que são utilizadas por hackers e madeireiros desonestos para regularizar madeira ilegal. O Ibama afirma que desde outubro descobriu 41 empresas fantasmas que atuavam no Pará. Uma delas, de Novo Progresso, no sudoeste do estado, faturou em menos de um ano R$ 15 milhões e vendeu o equivalente a 230 caminhões de madeira ilegal. Está sendo apurada a participação de funcionários públicos nesta e em outras fraudes.'Temos problemas de corrupção interna em órgãos ambientais que está sendo investigada pela Polícia Federal. Tenho certeza que em breve teremos alguma solução para este tipo de atividade clandestina', confirma o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço.Um empresário que denunciou desmatamentos ilegais e que não quer se identificar afirma que a corrupção entre os servidores compromete a fiscalização. 'O Ibama, infelizmente, faz vista grossa a essas irregularidades porque (os fiscais) são movidos a dinheiro. Pegam propina', acusa.

Fonte: ORM

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