sábado, 28 de maio de 2011

Exército e policiais iniciam megaoperação contra desmatamento

A tropa do Exército foi incluída nesta operação para dar suporte na retirada de equipamentos pesados, como caminhões, tratores e correntões, que são usados para fazer uma espécie de arrastão na floresta. O contingente da Força Nacional de Segurança e policiais rodoviários e federais atuará diretamente na repressão aos desmatadores.

Homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e das polícias Rodoviária e Federal já começaram a se deslocar para as quatro bases de apoio montadas em municípios de Mato Grosso, duas no norte, próximas da divisa com o Pará, e outras no noroeste. O objetivo do grupo é se juntar a 120 agentes do Ibama na megaoperação organizada para combater o desmatamento no Estado.

A localização exata dos pontos de apoio é mantida sob sigilo pela superintendência do Ibama em Mato Grosso, mas informações apontam para municípios campeões de desmatamentos: Confresa, Colniza, Nova Ubiratã e Santa Carmen. A estimativa é de que pelo menos 500 agentes estejam envolvidos.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostrados pela ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, apontam que em março e abril a derrubada da floresta chegou a 480 quilômetros quadrados, o equivalente a 50 mil campos de futebol ou duas vezes e meia o tamanho de Aracaju, capital de Sergipe.

A ministra considerou, na semana passada, inaceitável a situação e anunciou gabinete anticrise para coibir corte da floresta.

Já estão em Mato Grosso 120 agentes do Ibama vindos do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraná e Goiás. Segundo o superintendente do Ibama, Ramiro Hofmeister de Almeida Martins-Costa, essa operação começou no fim de maio, mas passou a ser intensificada depois da descoberta do desmatamento alarmante.

Além do efetivo, o Ibama conta com dois helicópteros e um avião, este do Instituto Chico Mendes, braço institucional do Ibama. As aeronaves, segundo Hofmeister, são para rastrear desmatamento não alcançados pelos satélites, porque as áreas estão encobertas pelas nuvens.

O superintendente do Ibama alega que agentes não têm planos de invadir fazendas sem qualquer prova de atividade ilegal. “Só iremos (nos locais de desmate) com imagens reais dos satélites”, disse. A permanência da força-tarefa em Mato Grosso será por tempo indeterminado, diz o superintendente do Ibama.

Hofmeister avalia como “catastrófico” para a economia de Mato Grosso o desmatamento dessa área. Segundo ele, o Estado vai perder significativamente exportações de produtos relacionados em commodities, que são grãos e até carne bovina. A maioria dos países da União Europeia exige certificação verde, o selo de produtos saídos de áreas livres da ilegalidade.Fonte:Bandsinop

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