sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Capturado o homem que matou outro por causa de uma galinha


Depois de oito dias de tentativas frustradas, finalmente nesta quarta-feira, (19) a policiais do 15º BPM de Itaituba, sudoeste do Estado capturaram Lucivaldo Alves da Silva, 37 anos, que foi reconhecido por moradores da comunidade Pantanal do Areia, estrada do rio Mumuru à 65 km de Itaituba.

Lucivaldo Alves da Silva, também conhecido por "Sival" é acusado de ser o autor do disparo com arma de fogo, tipo espingarda calibre 20, que vitimou o vaqueiro Raimundo Nonato Pinto, 46 anos. O crime aconteceu no dia 11 de novembro por volta de 8h00min na fazenda Valmir Filho, km 23 da Estrada Degredo, município de Itaituba. Segundo testemunha a confusão começou porque Raimundo Nonato Pinto se negou a matar uma galinha para a janta.
Polícia civil e militar realizaram várias buscas na tentativa de localizar e prender o acusado, mas sempre que chegava no local indicado, o acusado teria escapado. No inicio da tarde desta quarta-feira, moradores da comunidade Pantanal do Areia, comunicaram a PM que "Sival" estaria escondido naquela comunidade, a 65 km de Itaituba. Policiais à paisana seguiram para o local indicado, e segundo CB/PM Ronaldo de Arimatéria Ramos Soares, "estávamos em perseguição ao acusado e ouvimos um disparo de arma de fogo e ao verificar o que havia acontecido encontramos Lucivaldo caído com um ferimento na altura do abdômen e próximo dele uma espingarda calibre 20". Ainda segundo o policial, "a informação colhidas no local é que o autor do disparo seria um homem de prenome Davi, sobrinho do falecido".

Enquanto o homem era conduzido para a cidade, familiares do falecido foram informados que a PM estaria conduzindo o mesmo para a 19ª Seccional de Polícia de Itaituba. Por volta de 20h00min, cerca de 50 pessoas entre parentes e amigos do falecido se concentravam em frente a Delegacia e segundo informações "o objetivo era linchar o acusado". Devido os ferimentos e a condições de saúde de Lucivaldo, a PM conduziu o diretamente para o Hospital Municipal.

Logo depois de dá entrada no HM, Lucivaldo foi encaminhado para o centro cirúrgico, onde foi operado e passa bem.

No momento que os familiares foram informados que o acusado já estaria no hospital, seguiram até lá e se concentraram em frente do mesmo. A direção do HM solicitou reforço policial e seis homens do 15º BPM permaneceu no local com objetivo de garantir a segurança de Lucivaldo Alves da Silva.

Com exclusividade para o Província, Lucivaldo afirmou que o desentendimento entre ele e Raimundo Nonato começou "por causa da galinha, mas porque ele (Raimundo Nonato) sabia que eu teria ido até a sede da fazenda e lá não tinha carne e me disseram que a carne chegava somente na terça-feira; eu voltei expliquei para ele o que aconteceu". Posteriormente "Sival" pegou um facão e afirmou que ia matar uma galinha, foi quando Raimundo Nonato reagiu e afirmou que quem mandava nas galinhas era ele. "Daí começou a confusão". Lucivaldo se retirou, dormiu em outra casa e no dia seguinte retornou, foi quando ouviu de Raimundo que o mesmo não poderia mais ficar na fazenda "alegando que eu tentei matá-lo". Lucivaldo conta que quando foi pegar sua "bolsa e a rede, ambas estavam cortadas de facão". Lucivaldo diz que perguntou quem teria feito aquilo, Raimundo afirmou que foi ele e o mesmo pediu para Lucivaldo se retirar, novamente a confusão começou e as pessoas que estavam no local "tomaram o facão" de Lucivaldo e mandaram ele se retirar. "A partir daí eu fui embora para outra fazenda". "Um dia saí para pescar num rio próximo à fazenda e encontrei algumas pessoas próxima a fazenda Valmir Filho e indagou se o "velho Raimundo" ainda estava na referida fazenda e a resposta foi que o mesmo já tinha ido embora. "Quando eu cheguei na fazenda ele estava escondido, porque me viu de longe, eu cheguei, ele saiu, pegou um facão e o outro homem que estava com ele pegou uma foice e vieram para cima de mim, eu peguei a espingarda e atirei nele".

Lucivaldo Alves da Silva disse a reportagem que o homem que efetuou o disparo contra ele estava acompanhado os policiais militares, "só um pouco mais na frente, me deu voz de prisão, eu reconheci ele, sabia que não era policial, tentei sair correndo, ele me atirou".

Segundo o delegado José Carlos, foi aberto inquérito e encaminhado para a Justiça, "vamos aguardar a decisão judicial".

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